02 maio 2013

Fix a Heart - Capitulo 9

"Tô procurando pelo ponto de luz nesse dia escuro. Acho que preciso de ajuda."

Rapidamente digitei uma resposta e enviei, logo seguindo para dentro de casa. Subi para meu quarto, peguei um dos sacos de doces que eu guardava no frigobar, e desci novamente. Meus pais haviam ido para a casa de minha vó naquela manha, e ficariam o resto da semana por lá.
Não que eu me importe. é claro. Seriam quatro abençoados dias em paz.
Tranquei a casam corri ate o quintal, pulei a cerca de dona Emília e logo estava a alguns metros do parque. Anne estava lá, deitada de bruços sob um grosso cobertor. Fitava o céu concentrada, observando os tons de azul escuro tomarem conta da imensidão azul claro.
- Alguém por aqui precisando de luz? - perguntei ao me sentar ao lado de Anne, que sorriu e me fitou.
- Talvez. - disse ela.
- Defina esse 'talvez'. - rimos.
- Só queria companhia. Não gosto nenhum pouco de ficar sozinha.
- Porque não? - indaguei.
Ao contrario dela, eu prefiro mil vezes ficar sozinho. A solidão era e ainda é minha melhor companhia, pois ela não me julga, não me odeia, não me quer morto.
- Porque ser sozinha é tudo que eu sempre fui. Eu nunca tive amigos, nunca tive uma família para me apoiar... Nunca. A solidão me lembra dos motivos que me fazem odiar a mim mesma. - Anne suspirou, cansada de tudo aquilo.
De certa forma, eu a entendia. Minha família nunca me abandonou, mas mesmo assim eu sempre fui sozinho, nunca fui aceito por eles, por simplesmente não ser tão bom quanto Charlie. Mas diferente de Anne, eu sempre tive minha família e amigos por perto, tentando me ajudar. Ate a morte de Charlie, é claro.
- Você tem a mim, Anne. - comentei, baixo.
- Sim, eu sei. - disse ela. Annelise sentou-se e me fitou. - Posso e confessar uma coisa?
- Claro. - falei rapidamente. Anne raramente confessa algo para mim. Sou sempre eu quem acaba  choramingando pelos cantos.
Anne tirou a munhequeira, mostrando seus machucados. Haviam apenas dois cortes recentes ali, mas mesmo assim, minha garganta secou ao vê-los.
- Você é o motivo deles. - Anne disse.
- Dos cortes? - perguntei incrédulo e pasmo. Como eu poderia ser o motivo pelo qual ela se corta? Como poderia ser o motivo pelo qual ela precisa da minha ajuda?
- Não seu bobo. - disse ela, rindo e recolocando a munhequeira. - Digo do numero deles. Antes eu fazia vários, você deve lembrar quando me encontrou no banheiro lá de casa, certo? - perguntou ela.
- Nunca consegui esquecer. - falei, o tom de voz baixo, quase um sussurro. - Tinham muitos cortes.
- Sim. Por sua causa, eu consegui diminuir os ferimentos. Você tá me ajudando Justin. Me dando uma razão. - disse ela. Os olhos de Anne diziam claramente que havia algo mais, mais do que uma razão. Mas devia ser coisa da minha cabeça. Abri um sorriso e a abracei de lado.
- Então eu to no caminho certo. - comentei.
- E eu no errado. - disse ela, quase inaudivelmente.

- O que? - indaguei, confuso.
- Nada Justin. - Anne se afastou e voltou a deitar no gramado.
- O que foi Anne? Sabe que pode me contar qualquer coisa.  - disse eu, e peguei na mãe dela, para transmitir confiança. Anne soltou minha mão rapidamente e desviou o olhar para o horizonte.
- Já disse que não foi nada, não insiste. - disse ela, rispidamente.
- Certo. - voltei minha atenção para o céu, que aos poucos tonava-se escuro, com tons alaranjados no horizonte.
Eu não devia me surpreender com essas atitudes de Annelise, ela era assim sempre. Inconstante, imprevisível .. Então porque eu não consiga não me irritar, e de certa forma, me magoar quando ela me tratava mal? Eu tentava ajuda-la a todo custo, sem me importar se o momento era bom ou ruim pra mim e ela vinha e me fazia sentir como um nada. Não era justo comigo. De jeito nenhum.
Anne tinha a necessidade de me repelir sempre que eu me aproximava demais, como se ela tivesse medo de alguma coisa. Mas o que diabos eu poderia fazer a ela? Machuca-la? Oh não, ela sabia muito bem que a ultima coisa que eu queria era vê-la sofrer. Eu, sinceramente, não a entendia. Mas não podia julgá-la, em todo caso. Não sabia os motivos, as razões que ela tinha para isso. Mas não negava que aquilo me feria, me machucava, porque, no fim, ela era tudo que eu tinha, de certa forma.
- Eu vou embora. - disse por fim. Não tinha motivos para ficar ali, não iria aguentar rispidez gratuita de Anne por motivos que eu desconhecia.
Levantei-me, e segui para fora do parque. Minha cabeça girava, e uma sensação de inevitabilidade me atingiu. Eu não sabia o que, mas sentia que aconteceria algo que eu não poderia impedir, por mais que quisesse e desejasse fazê-lo. Mal havia dado 15 passos quando senti um puxão em meu braço, me fazendo regredir. O que aconteceu a seguir estava fora dos meus padrões de compreensão. Primeiro o puxão, logo após eu virava para trás, e por fim Anne se aproximava de mim e grudava seus lábios nos meus.
Momentaneamente, não tive qualquer reação. ela tinha me pego desprevenido, eu jamais poderia supor que Anne me beijaria naquele momento. Mas assim que sua língua acariciou meu lábio inferior eu acordei para a vida. Anne estava me beijando. Eu não podia simplesmente me afastar. Eu era idiota, não burro. Abracei-a pela cintura, logo dando inicio a um beijo calmo, e simplesmente delicioso. Era viciante a sensação de ter aqueles lábios nos meus, mesmo nunca tendo sonhado com isso. Anne me beijava calmamente, mas com fúria  Eu não entendia o porque do beijo, mas não iria questioná-la agora, eu estava ocupado com algo mil vezes melhor. Ela acariciava minha nuca com uma mão e com a outra me puxava para si pelo pregador de cinto de minhas calças. Sem que eu percebesse, o beijo havia se tornado selvagem, necessitado... Irracional. Logo o ar faltou, e como previsto, Anne se afastou. Mas não por muito tempo, porque eu a puxei para outro beijo, porém esse não durou muito, devido a falta de ar. Mordisquei seus lábios carinhosamente e lhe roubei um selinho. Anne sorriu de canto, mas seu nervosismo estava estampado em seu rosto.
- Me desculpe. - disse ela por fim, tentando se afastar. Coisa que eu não deixei, é claro.
- Não precisa pedir desculpas, se eu não quisesse teria te impedido. - falei.
- Eu... Tenho que ir. - Anne disse, e se livrou de mim bruscamente. Mas dessa vez eu percebi o que aconteceria, e a puxei pelo braço, fazendo-a olhar em meu rosto.
- Você não vai poder fugir de mim agora, não depois disso. - sussurrei. Ela sorriu de canto e se soltou.
- Eu não conseguiria nem se quisesse. - dito isso, Anne saiu correndo do parque. Suspirei, sorrindo logo em seguida. Juntei as coisas do chão e caminhei lentamente em direção a minha casa.
Annelise não iria fugir, eu não deixaria.


Notas: Hey! Desculpem pela demora, mas acho que vocês (ingratas) mereceram um castigo. Tava com preguiça de postar e o próximo capitulo eu nem sei quando sai, então é melhor vocês deixaram twitter pu facebook nos comentários para eu avisar quando sai capitulo novo. É isso, beijão.
OBS.: Quero 10 comentários, menos que isso eu não posto.
XxGrazie (@mylifesdrew)

06 abril 2013

Fix a Heart - Capitulo 9 (spoiler)

Notas: Ei amoras, tudo bem? Ok, vocês no minimo me querem morta agora... Maaaaaaaaaaaaaaaaaas eu tenho motivos para não estar postando um capitulo inteiro e sob ameaças de não postar mais. É o seguinte, eu to sem pc ate o dia 20, ou mais, meu cpu deu pau e foi pra assistência técnica, então eu NÃO TENHO como escrever. E eu ainda não tenho o capitulo inteiro, e cara, não pensem que esse capitulo vai ser o tão esperado beijo porque não é. Eu acho. Ok, parei. Mas enfim, fora isso. eu tenho um spoiler pra vocês, não é dos melhores, mas eu gosto bastante dele. Enfim, quando eu tiver meu pc de volta eu posto no mesmo dia que ele chegar, fiquei cuidando lá pelo dia 20 ou deixem twitter e o raio que o parta para eu poder avisar ok? Bjo, e espero que gostem do spoiler.


Spoiler

"Tô procurando pelo ponto de luz nesse dia escuro. Acho que preciso de ajuda."

Rapidamente digitei uma resposta e enviei, logo seguindo para dentro de casa. Subi para meu quarto, peguei um dos sacos de doces que eu guardava no frigobar, e desci novamente. Meus pais haviam ido para a casa de minha vó naquela manha, e ficariam o resto da semana por lá.
Não que eu me importe. é claro. Seriam quatro abençoados dias em paz.
Tranquei a casam corri ate o quintal, pulei a cerca de dona Emília e logo estava a alguns metros do parque. Anne estava lá, deitada de bruços sob um grosso cobertor. Fitava o céu concentrada, observando os tons de azul escuro tomarem conta da imensidão azul claro.
- Alguém por aqui precisando de luz? - perguntei ao me sentar ao lado de Anne, que sorriu e me fitou.
- Talvez. - disse ela.
- Defina esse 'talvez'. - rimos.
- Só queria companhia. Não gosto nenhum pouco de ficar sozinha.
- Porque não? - indaguei.
Ao contrario dela, eu prefiro mil vezes ficar sozinho. A solidão era e ainda é minha melhor companhia, pois ela não me julga, não me odeia, não me quer morto.
- Porque ser sozinha é tudo que eu sempre fui. Eu nunca tive amigos, nunca tive uma família para me apoiar,... Nunca. A solidão me lembra dos motivos que me fazem odiar a mim mesma. - Anne suspirou, cansada de tudo aquilo.
De certa forma, eu a entendia. Minha família nunca me abandonou, mas mesmo assim eu sempre fui sozinho, nunca fui aceito por eles, por simplesmente não ser tão bom quanto Charlie. Mas diferente de Anne, eu sempre tive minha família e amigos por perto, tentando me ajudar. Ate a morte de Charlie, é claro.
- Você tem a mim, Anne. - comentei, baixo.
- Sim, eu sei. - disse ela. Annelise sentou-se e me fitou. - Posso e confessar uma coisa?
- Claro. - falei rapidamente. Anne raramente confessa algo para mim. Sou sempre eu quem acaba  choramingando pelos cantos.
Anne tirou a munhequeira, mostrando seus machucados. Haviam apenas dois cortes recentes ali, mas mesmo assim, minha garganta secou ao vê-los.
- Você é o motivo deles. - Anne disse.
- Dos cortes? - perguntei incrédulo e pasmo. Como eu poderia ser o motivo pelo qual ela se corta? Como poderia ser o motivo pelo qual ela precisa da minha ajuda?
- Não seu bobo. - disse ela, rindo e recolocando a munhequeira. - Digo do numero deles. Antes eu fazia vários, você deve lembrar quando me encontrou no banheiro lá de casa, certo? - perguntou ela.
- Nunca consegui esquecer. - falei, o tom de voz baixo, quase um sussurro. - Tinham muitos cortes.
- Sim. Por sua causa, eu consegui diminuir os ferimentos. Você tá me ajudando Justin. Me dando uma razão. - disse ela. Os olhos de Anne diziam claramente que havia algo mais, mais do que uma razão. Mas devia ser coisa da minha cabeça. Abri um sorriso e a abracei de lado.
- Então eu to no caminho certo. - comentei.
- E eu no errado. disse ela, quase inaudivelmente.

Fim do spoiler.

Notas: É isso gatas, espero que tenham gostado. Não ficou muito pequeno e nem muito grande, tá num tamanho bom para um spoiler, na minha opinião. Bem, quero meus comentários  e tenho mais uma coisinha para dizer. Minhas amigas e eu temos um canal no youtube, para falar do Justin, da 1D e dos artistas que gostamos... Eu queria, do fundo o coração que vocês dessem uma olhadinha nele, e se gostarem se inscrevam, deem like, comentem... Pode ser? To contando com vocês ok? Só ignorem minha feiura e minha voz chata, os videos são legais kkkkkkkkkkkkk É isso amores, ate depois do dia 20, beijão, love ya girls. XxGrazie (@mylifesdrew and @wishshelley)

04 abril 2013

PASSEM NO NOSSO CANAL

Gente, acho que vocês não sabem... mas temos um canal no youtube! Se vocês quiserem dar uma olhada, comentar, curtir, se inscrever, dar opiniões... ( sim to fazendo propaganda) kkkkkkkkkk

30 março 2013

Fix a Heart - Capitulo 8

- ANNELISE? - gritei, pelo que me pareceu ser a quinta  vez naquele minuto.
- EU JÁ VOU BIEBER, DÁ PRA ESPERAR? - Anne gritou de seu quarto.
- A gente vai se atrasar! - resmunguei.
- EU NÃO PEDI PRA VOCÊ ME ESPERAR! - gritou ela. Cara, como ela me ouviu lá de cima?
- Quanto amor Anne, vou começar a achar que você está apaixonada por mim. - ri.
- Cala a boca Justin Bieber. - Anne disse, já no topo da escada. Ergui as mãos para cima, em um agradecimento exagerado, e recebi um tapa no braço por isso.
- Você não estava com pressa? Agora vamos. - Anne disse, revirando os olhos. Bufei irritado, e a segui para fora de sua casa.
O que eu faço na casa de Anne? Bem, é uma pergunta estranha se levarmos em consideração o fato de que ate quatro dias atrás nós mal nos falávamos. A questão é que eu e Anne estamos realmente levando a serio o nosso acordo de ajudar um ao outro. Desde a tarde em minha casa, nós saímos todos os dias para fazer qualquer atividade cansativa o bastante para nos deixar ocupados demais e nos fazer esquecer dos problemas. E sim, eu sei que isso não ajuda em nada, pois estamos apenas fugindo ou invés de tentar resolve-los.
- Anne? - chamei, quando estávamos dobrando a esquina, em direção ao shopping, onde nos encontraríamos Caitlin, Amy e os garotos.
- Hm?
- Isso não tá dando certo não é?
Anne me lançou um olhar aflito, e sacudiu a cabeça, em negação.
- Não, não está. - concordou ela.

27 março 2013

Fix a Heart - Capitulo 7

Permanecemos naquele abraço por longos minutos.

Pode parecer estranho, mas eu me sentia realmente bem e de certa forma, feliz abraçando Anne, por simplesmente eu não precisar fingir estar bem para ela, por eu simplesmente poder ser o garoto cheio de problemas e confusões, o garoto inseguro, o garoto que não tinha uma razão na vida. Eu não tinha família  não tinha namorada, e meus amigos... Bem, eles eram ótimos, e sem duvidas as melhores pessoas que conheço, mas ultimamente andávamos bem distantes, e quando eles finalmente fossem para a faculdade eu sobraria. Porque eu não tinha uma razão, não tinha sonhos, não tina metas... Não tinha mais esperanças. Depois de tanto levar rasteira da vida, a gente começa a perder a capacidade de esperar por algo bom e sinceramente, eu duvido que o destino esteja reservando algo bom pra mim.
- Justin? - Anne sussurrou, e logo senti todos meus pelos da nuca se eriçarem.
- Hm? - resmunguei.
- Eu... Tô me sentindo bem. - disse ela, o tom de voz baixo.
- Eu também estou Anne. - admiti.
Annelise se afastou de mim, me deixando aflito e nervoso novamente. Ok, qual é a do meu corpo agora? Zoação com a minha cara?
- Isso não é normal. - Anne suspirou. - Justin... Nós não podemos nos envolver, você entende não entende?
- Eu sei Anne.

18 março 2013

Fix a Heart - Capitulo 6


O dia estava lindo lá fora. Minha definição de dia perfeito. Nublado, com um vento frio e sem chances de aparecer sol. Eu poderia estar lá fora, aproveitando esse dia da melhor maneira que pudesse... Mas não. Eu estava em casa, sentado no sofá, assistindo, ou melhor, fingindo assistir a um episodio de Friends enquanto esperava Annelise falar algo. O caso é que Anne chegou aqui em casa logo após o meio dia com a desculpa de que Caitlin havia pedido a ela para passar o dia comigo a fim de me deixar longe da bebida, já que está estava ocupada e Chaz estava preso em casa devido à chegada de alguns familiares. Mas desde que ela chegara três horas atrás, não havia dito uma palavra fora a explicação sobre sua visita. O que me incomodava, devo admitir. Odiava ficar em silencio, ainda mais um silêncio tão acusador quanto esse.
- Talvez... Hm, er... Acho que precisamos conversar. - Anne disse por fim. Oh, ela ainda fala! Toda vez que ela tentava iniciar um assunto desistia. Me olhava, abria a boca afim de dizer algo, mas acabava desistindo e voltando a olhar para a TV, fixando sua atenção nas propagandas de shampoo.
- É. Nós precisamos conversar. - concordei. - Acho que adiamos essa conversa por tempo demais.
Sete dias. Exatamente sete dias desde que eu encontrara Anne naquele estado deplorável em sua casa. Nesses sete dias Anne tentara conversar comigo, de alguma forma, sobre o ocorrido. Tal conversa nunca aconteceu. Primeiramente porque nos primeiros dias eu não queria saber. Ainda estava em choque, com raiva, irritado... Não admitia que Anne pudesse fazer aquilo consigo mesma, mesmo sem saber seus motivos. E se ela acertasse uma veia? Morreria? Assim tão simples? Não, eu não admitia isso. A simples ideia de ver Anne morta me deixava com raiva. Ela não iria se matar, porque eu não deixaria.